Reflexão em Miquéias 7

Lendo anotações antigas, decidi reescrever uma reflexão baseada em Miquéias. O capítulo 7 relata que há uma crise nas relações básicas da sociedade, as afeições estão no ponto de morte entre irmãos. Em todas as áreas da sociedade não havia uma consciência sadia no olhar para com o outro. Observe como Miquéias começa o capítulo: “Ai de mim! Sou como um homem faminto que depois da colheita procura figos nas figueiras e uvas nas parreiras, mas não encontra nada porque todas as uvas e todos os figos maduros foram colhidos.” Miquéias 7.1


O profeta, como parte da sociedade, não olha com indiferença o meio em que vive. Ele procura por justiça e não encontra. Por meio de Deus, ele percebe as crises entre as inúmeras relações sociais.


Crises nos sufocam e quando estamos presos em abismos existenciais, muitas vezes somos cruéis com os que estão a nossa volta, principalmente com aqueles que são íntimos. Paramos de perceber o outro e nos voltamos para nossas “necessidades”. Sim, somos egoístas, e há raízes de crueldade dentro de mim e de você. Cuidado com elas! Perceba-as em Deus e peça ao Senhor para arrancá-las.


Todas as crises nos farão olhar para Deus. Você sobe o motivo? Elas pedem solução. Então façamos como o profeta, mesmo na desesperança externa e em meio a uma sociedade em crise, podemos e devemos pedir de todo coração: “Eu, porém, ponho a minha esperança em Deus, o Senhor, e confio firmemente que ele me salvará. O meu Deus me atenderá.” Miquéias 7.7

Lembre-se! As crises são reais, não seja um alienado. Não subestime as crises, as dores, as lágrimas. No entanto, elas são superáveis, passam. Mantenha seus olhos em Cristo, aquele que permanece imutável. Não desperdice a pedagogia das crises, a muito o que aprender em todas elas. Saiba que Deus não despreza o sofrimento do seu povo, Ele é o maior interessado em tratar nossas mazelas.

Missionária Ana Virgínia