A palavra grega traduzida por piedoso – ósios – significa agradável a Deus, possuidor de autêntica santidade. Russell Shedd afirma que “a primeira exigência de um líder cristão é santidade”. E isto não é tão fácil para o líder como pode parecer.
Mesmo consciente de que sem santificação “ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12.14), ele pode não buscá-la.
O líder corre o risco de apontar um caminho com suas palavras e seguir outro bem diferente em sua vida pessoal. E isto aniquila qualquer ministério, pois “não deve existir separação entre o coração, o caráter e a vida de um homem que é chamado para proclamar a Palavra de Deus e o conteúdo da mensagem que proclama.” Spurgeon fez uma séria advertência aos pastores de sua época que, certamente, é válida para os pastores, presbíteros e líderes de nossa época:
Caros irmãos, rogo a vocês que deem a maior importância à sua santidade pessoal. Vivam para Deus. Se não, o Senhor não estará com vocês; Ele dirá de vocês o que disse dos falsos profetas antigos: “Eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e não trouxeram proveito nenhum a este povo, diz o Senhor”. Vocês podem pregar excelentes sermões, mas se não forem santos em suas vidas, nenhuma alma será salva. É provável que não concluam que a sua falta de santidade é a razão de sua falta de sucesso. Culparão o povo, culparão a época em que vivem, culparão tudo, menos a si próprios; entretanto é aí que está radicado o mal todo.
Outro grande risco que corre aqueles que ministram ao povo de Deus é a banalização do sagrado. Embora consciente de que a Escritura Sagrada é a palavra de Deus, o líder corre o risco de lê-la como se fosse um livro qualquer.
Ser piedoso significa, também, viver na dependência do Senhor. O líder deve ter:
• Uma vida devocional bem disciplinada;
• Uma vida com leitura bíblica diária;
• Uma vida de oração, e uma constante busca de comunhão com Deus.
Vida pessoal piedosa, vida espiritual vibrante e um ministério orientado por Deus são condições essenciais para o verdadeiro êxito no chamado de um líder para a Nova Jerusalém.
Pr. Felipe Abreu