ELAS… as mulheres

Escrever sobre ELAS… é escrever sobre os mimos da infância, as descobertas da adolescência, a beleza da juventude, as dúvidas e o cansaço dos 35, a alegria dos 40, a serenidade que vem chegando aos 50.

Escrever sobre ELAS é falar do poder da fragilidade com toda ambiguidade do termo. Então penso sobre um dos movimentos mais poderosos e influenciáveis da história humana, o feminismo.

O feminismo não é um movimento novo, na verdade Jesus já sinalizou um genuíno discurso na história. Jesus tinha um alto conceito das mulheres ao contrário de sua cultura e momento histórico. Toda vez que Jesus se referia a ELAS era com dignidade e respeito.

O feminismo tem se manifestado em três ondas. Neste primeiro movimento a mulher era vista como mulheres e humanas e não deveriam ser julgadas por um padrão masculino. Elas eram conhecidas como feministas maternais. Elas se interessavam em seu papel como mãe, em sua família e na comunidade como um todo.


Na segunda onda do feminismo, o discurso anterior se tornou menos interessante, o foco passou a ser no eu e na sua atuação. O papel de ser mãe foi substituído pelo papel do mercado de trabalho em meados do século XX. Além disso, o discurso neste movimento minimizou o aspecto feminino de sua natureza, aceitaram um padrão masculino e exigiu que a mulher fosse avaliada de acordo com este padrão perdendo muito da sua essência e identidade.

Feministas da terceira onda, tornou-se ativo no final do século XX, passaram a rejeitar os padrões masculino e feminino. Neste movimento tanto homens quanto mulher desaparecem. Surge um novo modelo de uma fusão da sexualidade onde o papel dos gêneros é intercambiável.

Estes movimentos histórico-culturais trazem padrões sutis que aderimos sem notar. E me faz pensar sobre Cristo nos encontrando no ano 2020 e sentando conosco “nos poços das incertezas” e nos conduzindo de volta a essência. Em um movimento de conversão a verdadeira dignidade de sermos a Imago Dei, e particularmente sermos chamadas novamente ELAS.  

Autor(a): Missionária Ieda Silva, adaptado da Tese de Cintia Maglionni, O desaparecimento da Mulher.