A Suficiência das Escrituras

Quando falamos sobre a suficiência das Escrituras, podemos ter como base a história da fé reformada e os valores que lá foram defendidos mais uma vez, provando de forma eficaz sua suficiência. A despeito da Reforma Protestante, a defesa emblemática para essa suficiência, foi defendida pelos pré-reformadores, Agostinho (354-430), Irineu de Lyon (100-165) e reformadores como, Martinho Lutero e outros; sendo que através de Lutero o simbólico lema ou se assim pudermos dizer, “grito”, os 5 Solas se tornou mais popular.

“A Escritura canônica tem a autoridade suprema, e a ela submetemos as emoções em todos os assuntos” (Agostinho)Nenhum assunto teológico entre romanistas e evangélicos ganhou tanta intensidade ou gerou tanto debate quanto a Sola Scriptura. Papistas detestam a Sola (ou seria a Scriptura?), enquanto evangélicos defendem a Bíblia como a única regra de fé e prática do cristão. Sola Scriptura é um termo em latim que significa “somente a Escritura” é um princípio restaurado pela Reforma, segundo o qual a Escritura é suficiente para a salvação do cristão, ao invés de precisar de uma tradição oral paralela à Bíblia.

Com Irineu de Lyon, proclamamos que a Bíblia é “o fundamento e pilar de nossa fé”, ao invés da existência de dois ou mais fundamentos.

Diante disso, o que podemos aprender com a suficiência das Escrituras no Sola Scritura.

  • A suficiência das Escrituras e o Sola Scriptura, relaciona-se com as doutrinas, e não com todas as verdades existentes no mundo ou reveladas aos discípulos;
  • A Bíblia contém tudo aquilo que é necessário para a nossa salvação; é uma suficiência doutrinária relacionada à teologia cristã;
  • A Bíblia é um manual completo de doutrina, sem silenciar em nada que seja importante para a nossa salvação;
  • A Bíblia é suficiente para a salvação do cristão;
  • A Sagradas Escrituras é a autoridade máxima do cristão em matéria de fé e doutrina.

Foi assim que os primeiros sínodos protestantes trataram a questão da Sola Scriptura. Na Confissão de Fé de Westminster, por exemplo, foi declarado: “Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser deduzido dela. À Escritura nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espírito, nem por tradições dos homens” (Confissão de fé de Westminster seção VI) 2Tm3.15-17; Gl 1.8-9; 2 Ts 2.2

Sola Scriptura!!!! Pr. Felipe Abreu